Missão do Corpo

Victoria R Béjar*

Este título não é meu, ouso pedir licença ao nosso grande poeta Carlos Drummond de Andrade, que o deixou, entre outras poesias, para publicação póstuma: Farwell.

O grande poeta na reta final da vida, reúne de modo mais convincente, suas vivências e percepções corporais e as transforma em poesia. Creio que após os sessenta anos, o corpo volta a se impor de modo cada vez mais evidente. Limitações, inúmeras transformações, dos órgãos, da aparência. O corpo nos remete ao desamparo e necessidade de cuidados quase como quando éramos bebês.

Mas essa descrição caberia num percurso de vida natural e sem intercorrências marcantes. Não é o que vivenciamos há um ano, uma pandemia, o coronavírus. Além de atingir o mundo inteiro, é atemporal. Corpos com qualquer idade são assaltados pelo coronavírus que num afã destrutivo, rapidamente pode destruir qualquer corpo, de toda idade e levá-lo à morte.  Diga-se de passagem, morte difícil, dolorosa, por sufocação, pulmões que se cristalizam e perdem sua condição de expansão! Falência cardiorrespiratória! Mas observamos que a luta pela sobrevivência empreende grandes esforços.  Dias de UTI, tubos na traqueia, veias, bexiga, enormes doses de corticóides, analgésicos, anestésicos, rebaixamento ao nível inconsciente para suportar as dores e os desconfortos, e tentar se salvar da invasão do inimigo cruel.  A enorme destrutividade contida num diâmetro de 40 nanômetros!

Convivemos com psicanalistas relutantes em aceitar que o corpo faz parte de nossa estrutura psíquica.  Embora Freud, em “O ego e o id” de 1924, já apontasse para a existência de um ego corporal. Aprofundou as relações entre as instâncias psíquicas e as profundezas do soma em 1933, na monumental conferência “A dissecção da realidade psíquica.” Segundo Freud, “o id tem em um dos seus extremos as influências somáticas”, e que o ego e o superego, por sua vez, estejam enraizados no Id.  Assim sendo, o aparelho psíquico encontra-se enraizado no soma.

Porém, muitos o admitem como abrigo do funcionamento psíquico arcaico. Provavelmente, a psicanálise infantil foi quem abriu as portas para que o corpo fosse notado, embora não fosse esse seu objetivo. Na década dos anos 1960 em Paris, Pierre Marty e colegas psicanalistas, que atendiam como clínicos em hospitais gerais, observaram em muitos pacientes que apresentavam patologias somáticas, um tipo característico de pensamento e de empobrecimento afetivo, que denominaram pensamento operatório e depressão essencial. Desde aí foi fundada em Paris a atual escola de psicossomática psicanalítica Pierre Marty. O fundamental desta abordagem é considerar corpo e mente unidos, como partes de um mesmo território, ao contrário da teoria cartesiana, que domina o ponto de vista médico e de outras ciências, que considera corpo e mente como dois territórios diferentes que se influenciam.

Para a medicina e outras ciências, o corpo é formado por complexos aparelhos e funcionamentos que sustentam a vida, mas caso sejam danificados, podem levar a graves consequências, até a morte. A partir desse enfoque, as questões psíquicas não são consideradas como possíveis causas de sérias doenças corporais.

Portanto, podemos concluir que é no corpo que os alicerces da vida psíquica se encontram, no qual se assentam as inscrições pré-verbais, formadas pelos estímulos recebidos dos nossos sentidos, principalmente visuais e auditivos. Além desses sentidos temos terminações proprioceptivas distribuídas no maior órgão do corpo humano: a pele que nos envolve.  Tudo que nos atinge deixa impresso sua marca, nos tempos mais iniciais da vida e por que não dizer, até mesmo na vida intrauterina. No desenvolvimento psíquico essas inscrições ou marcas são chamadas representações coisa. Expressam-se como imagens, sons, sem palavras nas fantasias, nos sonhos, nos devaneios. Mas ao receberem um nome se transformarão em representações palavra, que são os elementos utilizados na construção dos pensamentos. Formam as redes representacionais que nos permitem tecer associação de ideias e elaborar pensamentos dos mais simples aos mais complexos.

Outra questão fundamental para a formação do aparelho psíquico  é a relação do bebê com o ambiente, ou melhor dizendo, com a figura materna ou com quem exerça essa função. A pessoa que cuida do bebê influencia seu esperado desenvolvimento psíquico, se puder exercer a “função materna”. A função materna, além de prover a alimentação, funciona como um escudo protetor, protegendo o bebê do grande montante de estímulos internos e externos que o atingem. A função materna digere e organiza os estímulos, para depois devolvê-los ao bebê, que pode então recebê-los e contê-los.

É no corpo a corpo mãe-bebê, nos seus braços, no seu colo, olhos nos olhos, nas carícias, no aconchego, nas palavras sussurradas pela mãe, que o bebê encontra conforto, calma e aconchego repetidos. Esse aspecto da função materna é chamado de libidinização do corpo do bebê, a qual o imanta com alto grau de investimento afetivo materno. A função materna proporciona vários acréscimos ao corpo somático, transformando-o em um corpo com energia vital, a energia pulsional. A vida pulsional é uma mescla ligada de forças de vida e forças de morte, que colabora no percurso pelas diversas etapas do desenvolvimento. Assim, alcança sua subjetividade e consegue galgar o ápice do desenvolvimento, da construção mais sofisticada do ser humano: a vida psíquica.

Nos primórdios da vida, para o bebê, a mãe e ele são uma mesma pessoa, ela faz parte dele, não é outra pessoa, mas ele próprio. O investimento afetivo da mãe no bebê é responsável pela organização das forças internas, dos instintos de vida e de morte que se ligam e são fonte de energia vital. O tolerável jogo presença/ausência materna, lança no bebê os alicerces da capacidade de sonhar, por meio da realização alucinatória do desejo, que cria o peito na mente do bebê enquanto ele não chega. O encontro do peito alucinado com o peito real gera no bebê a fantasia de que o peito é criação dele.   E a constatação de que a mãe é um outro ocorre graças à possibilidade de colocar dentro de si quem se encontrava fora. Poder transferir da realidade externa para a realidade interna a presença materna.

O interessante é pensar que o corpo que nasce somático, regido por aparelhos e funções, nasce carne e sobrevive graças à manutenção saudável de seus complexos funcionamentos. Mas, é graças ao vínculo afetivo com a mãe, que os arcabouços psíquicos se inserem e se enraízam no corpo, constituindo o funcionamento mental arcaico. A construção do aparelho psíquico se dá como uma construção gradual que atravessa etapas cada vez mais elaboradas, apoiada a par e passo com os processos orgânicos, mas que, principalmente, depende do encontro fundamental com o outro.

A presença do outro é essencial durante toda a vida. Por meio de um processo sofisticado e que leva tempo, o bebê consegue pouco a pouco se dar conta que ele e a mãe são diferentes, são duas pessoas. A constituição da subjetividade, do se tornar si mesmo, é impulsionado pelas aquisições advindas do complexo desenvolvimento corporal, mas depende fundamentalmente da saudável estruturação psíquica, dos avatares do encontro com o outro e da firmeza do vínculo afetivo significativo. É impulsionado pelo esforço que as forças de vida derivadas dos instintos e das pulsões lhe impõe. Viver é a regra. Ser impulsionado para estruturas cada vez mais complexas é a norma.

É por isso que o corpo da psicanálise não se trata do corpo somático em si, mas dele deriva, é formado por aquisições afetivas sofisticadas que constroem o aparelho psíquico. Portanto, se trata de algo diferente e mais complexo do que o corpo somático em si mesmo. Vai além da carne. Atinge a alma. É um corpo dotado de emoções, afetos, brilho, de capacidade de pensar, de sonhar, de amar. É um corpo libidinal, narcísico, pulsional. Somos seres humanos que habitamos em nossos próprios corpos e enfrentamos o desafio de viver todas as possibilidades. Seres capazes de transformar as provas, as frustrações e as dores em desafios; embora muitas vezes tropeçamos e caiamos, podemos nos levantar enriquecidos pela experiência. 

Vamos agora nos enebriar na inspiração poética  criada por Carlos Drummond de Andrade sobre o corpo.

Missão do corpo

Claro que o corpo não é feito só para sofrer,
mas para sofrer e gozar.
Na inocência do sofrimento
como na inocência do gozo,

o corpo se realiza, vulnerável
e solene.

Salve, meu corpo, minha estrutura de viver
e de cumprir os ritos do existir!
Amo tuas imperfeições e maravilhas,
amo-as com gratidão, pena e raiva  intercadentes.
Em ti me sinto dividido, campo de batalha
sem vitória para nenhum lado
e sofro e sou feliz
na medida do que acaso me ofereças.

Será mesmo acaso,
será lei divina ou dragonária
que me parte e reparte em pedacinhos?
Meu corpo, minha dor,
meu prazer e transcendência,
és afinal meu ser inteiro e único.

Victoria R Béjar

Dra. Victoria Regina Béjar é médica psiquiatra e psicanalista. Membro efetivo da SBPSP, da IPA e da Associação Brasileira de Psiquiatria. É docente do Instituto Durval Marcondes e coordenadora do grupo de estudos “Expressões corporais da dor psíquica: dor corporal e psicossomática psicanalítica” da SBPSP.  Psicanalista do grupo multidisciplinar de DOR da clínica neurológica do HCFMUSP. Participou do grupo de formação em psicossomática psicanalítica no Instituto Pierre Marty, Paris.  É representante na América Latina do Grupo de Adições da International Psychoanalytical Association (IPA). Reside em Atibaia, onde atua no consultório particular e é assistente na Clínica De Dor de Atibaia. Coordena o grupo de estudos de psicanálise contemporânea de Atibaia e região.

A fecundidade do modelo Kleiniano (1882-1960)

Lídia Queiroz Silva Magnino*

Melanie Klein, uma corajosa clínica sem formação acadêmica, constrói sua obra com poderosa intuição prática trazendo desdobramentos fecundos a teoria e técnica psicanalítica, sem ignorar ou romper com Freud. Abre novos horizontes à psicanálise da criança, da psicose, do autismo, bem como aprofunda a análise de pacientes neuróticos e a analisabilidade de outras estruturas mentais, quando aponta as ansiedades psicóticas. Klein alarga o campo da psicanálise no diálogo com estética, sociologia, filosofia e política. Uma obra aberta e polissêmica.

Sua história de vida foi marcada por muitas perdas e vivências depressivas, como ser uma esposa infeliz e uma mãe deprimida. Analisada por Ferenczi e depois por Abraham, Klein se tornou a primeira mulher presidente da Sociedade de Psicanálise de Londres.

Preocupada com seu filho buscou as fontes da inibição simbólica, assim, descobriu que o parar de brincar é tão importante quanto o brincar. Constatou que a vida psíquica se orienta por afetos e que a ausência é presença de um objeto hostil.

No contato, ao atender crianças pequenas, percebeu que eram capazes de fazer transferência, sendo possível aplicar o método psicanalítico. Klein observou que o bebê é um cientista, um pesquisador nato, que testa suas fantasias inconscientes. Identificou um ego primitivo, um édipo e um superego precoce. Concluiu que falar de fantasia é falar de afeto, a partir disso cria a técnica de análise da criança.

Ela fez da psicanálise uma arte de cuidar da “capacidade de pensar”, destacando o papel central dos afetos e da dor psíquica, sendo a pulsão de morte o agente principal da simbolização. Segundo Klein, existe um pensar com emoções, em que, o afeto é o centro da vida psíquica. O afeto organizador e estruturante, dando significado ao movimento mental. Ela não dissocia o afeto do pensamento. Nós pensamos com símbolos e ele é essência da vida mental, não só representativo. O pensamento oferece uma consciência e organização de como o indivíduo se relaciona com o mundo.

Klein revoluciona a Psicanálise e o modelo de análise infantil, isentando-a de intenção pedagógica e intuindo a contínua atividade de personificação da criança, semelhante às associações livres e à mobilidade da angústia.

Ouvindo as crianças, notou a concretude e a importância dos espaços. Espaços no interior do corpo da mãe e da própria criança. A autora, então, faz uma “geografia da mente”. Um “lugar” como um “teatro da mente” onde existem presenças e acontecem fatos. Toda a vida psíquica se passa neste mundo interno, com objetos bons (gratificadores) e maus (frustradores) em relação, também, com a presença da fantasia inconsciente e das defesas conectadas a ela.

Sendo assim, o brincar da criança é trabalho; é como um fio que possibilita compreender o que se passa na sua mente.  O brincar é semelhante ao sonhar e pensar. É uma narrativa icônica que expressa suas fantasias inconscientes, sua estrutura do ego e suas identificações com os objetos.

Klein observa que a fantasia inconsciente é precoce e expressa pulsões psíquicas. Essas fantasias tem caráter de realidade e onipotência, influenciando as percepções e as relações da criança. Demonstra que o desejo de comer se torna a fantasia de ter incorporado o seio ideal que a nutre. Já o desejo de destruir, se transforma na fantasia de ter destruído o seio e ser perseguido por ele.

Para Klein, o superego é precoce, persecutório e tirânico. Ele não é uma instância monolítica, e sim, composto de uma profusão de objetos internalizados, impregnado de destrutividade e figuras internas cruéis. A criança teme as represálias da mãe contra seu corpo (ansiedades persecutórias entremeadas a sentimento de culpa e depressão). Ela observa sentimento de culpa em crianças pequenas e deduz um édipo precoce (sexto mês).

A criança nasce com um ego lábil e em desenvolvimento, sendo capaz de sentir ansiedade, elaborar mecanismos de defesa e estabelecer reações de objeto. Permeada pelas fantasias inconscientes, agrupa duas organizações psíquicas: a Posição Esquizo-Paranoide (PEP) e a Posição Depressiva (PD), cada uma com um tipo de ansiedade, mecanismos de defesas, relação de objeto e simbolismo. Uma veiculando e a outra como um balé.

Na Posição Esquizoparanoide, a ansiedade é paranoide e os mecanismos de defesa são: a cisão; a identificação projetiva (mecanismo para livrar o ego de angústias, evacuando para fora e para dentro do outro e de si mesmo); idealização e negação. Nessa posição, a relação de objeto é parcial, com imagens cindidas, sendo uma persecutória e outra idealizada. O tipo de simbolismo presente é a equação simbólica. A pessoa é vívida pela experiência, pelo imediato.

A outra organização é a Posição Depressiva em que a ansiedade é depressiva. Além das defesas da PEP, há também a reparação. Nessa posição, a relação de objeto é total, a pessoa é capaz de contextualizar a experiência, de pensar e ter memória. O sujeito é capaz de elaborar lutos e estabelecer bons objetos internos. Uma boa identificação com a mãe é a base para identificações benéficas posteriores e para estabelecer a boa relação entre os genitores. Prevalece o interesse e o amor pelo objeto, garantindo a saúde mental.

Klein dá ênfase na pesquisa do funcionamento pré-verbal e dos estados mentais primitivos onde prevalece a simultaneidade. Constrói um sistema de comunicação específico avaliando os efeitos da cisão e projeção por meio da linguagem. A linguagem é concreta, pictórica, como se fosse um “carnaval” no mundo interno, evocando imagens simples (pai mau, mãe boa), aglomeradas (papai polvo voraz), grotescas (seio dentado, venenoso, explosivo); descrevendo os objetos parciais internalizados, revelando as projeções das tendências sádico-orais sentidas como vivas dentro do corpo do bebê. Por meio de metáforas icônicamente processadas, Klein preenche as lacunas entre a simultaneidade da pré-narrativa (ainda não simbolicamente representada) e os conteúdos do universo pré-verbal (fragmentado e assustador) em potencialmente pensáveis e comunicáveis. Cria a visualização do mundo interno da PEP e PD.

As angústias primitivas, como sadismo, inveja, voracidade e as alterações nos objetos interno e externo, propõem mediação através da interpretação na transferência, abrandando as angústias e reduzindo a distância entre fantasia inconsciente e realidade externa. A interpretação torna presente o mundo interno com as distorções, os ataques, as fantasias corporais mais primitivas, abrandando a angústia de morte subjacente. O analisando se sente compreendido e aliviado.

Sendo assim, Melanie Klein modifica o modelo reconstrutivo histórico Freudiano da transferência para a atualidade, destaca as comunicações transferenciais no aqui e agora. Enfatiza a importância da firmeza do setting para permitir que as fantasias mais primitivas se manifestem através das identificações projetivas influenciando a mente do analista.

O conceito de Identificação Projetiva modifica o conceito de Transferência e Contratransferência. A projeção é dentro do objeto com um afeto. Os objetos dentro da mente oferecem um modelo corporal de funcionamento mental. O analisando evoca a estrutura do analista. A relação analista-analisando é esclarecida pela compreensão das identificações projetivas que enriquece a contratransferência, funcionando como um radar.

 

Lídia Queiroz Silva Magnino

Membro Associado da SBPSP, Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP, Coordenadora e Docente do Curso de Especialização de Teoria Psicanalítica e Docente do Curso de Medicina da Universidade de Uberaba.

Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente! W. Shakespeare

Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente! W. Shakespeare

Carla Crepaldi de Melo Pádua*

De fora parece fácil, mas quem é dominado pelas emoções não consegue alcançar a razão e nem ser prático facilmente!

Quando dói, quando a angústia e o medo assombram, quando a tristeza e o desânimo prevalecem ou a raiva e o ódio cegam, não há palavras que consolam ou que tragam a lucidez!

Não adianta dizer para um ansioso pensar positivo e que tudo ficará bem ou para um deprimido sair da cama e olhar o lado bom da vida!

Ninguém fica mal porque quer, ninguém deseja viver no terror se preocupando a cada instante ou decide que a vida não tem mais sentido à toa!

Eu sei, é difícil e cansativo viver com alguém que está sempre aflito com algo ou entregue a tristeza!

Às vezes tudo que essa pessoa que está sofrendo precisa é de alguém que lhe escute, que não lhe traga soluções mágicas/superficiais, apenas fique do seu lado enquanto o terror não passa, que não a julgue, nem fique bravo, somente lhe dê um abraço, faça um carinho, se faça presente!

Não critique sua forma de sentir as coisas, até porque não existe jeito certo, só o que é possível! Se não consegue compreender, respeite.

Ninguém sabe como cada um sente de verdade! Porém, todo mundo sabe que ninguém quer sofrer sozinho, muito menos ser criticado por isso!

Quando a tempestade passa e a razão volta ninguém se lembra bem do que foi dito, mas nunca se esquece de quem esteve ao seu lado durante a tormenta!

Carla Crepaldi de Melo Pádua | CRP 06/107088

Aprimoramento Profissional em Psicologia Hospitalar pela FAMEMA / FUNDAP
Especialização em Psicoterapia Psicanalítica pelo NPMR em parceria com a UNIVEM
Membro Agregado do NPMR
Auxiliar da Comissão Científica do NPMR

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