Comemoramos hoje, 06 de maio, os 168 anos de nascimento de Sigmund Schlomo Freud (1856-1939), nascido na cidade de Freiberg, na Morávia (hoje Tchéquia), a 160 km de Viena, capital da Áustria.
Elizabeth Roudinesco em seu “Dicionário de Psicanálise” (1998) nos diz que foi Stefan Zweig, em 1942, quem redigiu um dos retratos mais realistas de Freud: “Não se podia imaginar um indivíduo de espírito mais intrépido. Freud ousava a cada instante expressar o que pensava, mesmo quando sabia que inquietava e perturbava com suas declarações claras e inexoráveis; nunca procurava tornar sua posição menos difícil através da menor concessão, mesmo de pura forma. Estou convencido de que Freud poderia ter exposto, sem encontrar resistência por parte da universidade, quatro quintos de suas teorias, se estivesse disposto a vesti-las prudentemente, a dizer “erótico” em vez de “sexualidade”, Eros em vez de “libido” e a não ir sempre até o fundo das coisas, mas limitar-se a sugeri-las. Mas, desde que se tratasse de seu ensino e da verdade, ficava intransigente; quanto mais firme era a resistência, tanto mais ele se afirmava em sua resolução. Quando procuro um símbolo da coragem moral — o único heroísmo no mundo que não exige vítimas — vejo sempre diante de mim o belo rosto de Freud, com sua clareza viril, com seus olhos sombrios de olhar reto e viril.”
Assim, no dia 06 de maio passou a ser celebrado como o Dia do Psicanalista em homenagem ao nascimento de Sigmund Freud e a duradoura descoberta que sua obra fez a respeito da mente humana. É uma ocasião para celebrar e valorizar o trabalho dos inúmeros psicanalistas que se formaram em uma trajetória de estar sempre em construção e dedicados ao estudo e prática da Psicanálise.
Texto: Cibele di Battista Brandão, Membro Efetivo e Analista Didata da SBPSP e Presidente do GEP Marília e Região.